domingo, 20 de fevereiro de 2011

A culpa é do facebook!

Meus assíduos leitores (meu pai, minha mãe e minha irmã) andam me perguntando porque eu não escrevo mais no blog. Difícil responder a essa pergunta...

A tentação é sempre de dizer que ando muito ocupada, com muitas coisas para fazer, etc, etc. Eu podia até me gabar do fato de que terminei de escrever um livro com um colega essa semana, What Makes Poor Countries Poor?. Porém, estamos trabalhando nesse livro há dois anos e ele nunca me impediu de escrever no blog. Portanto, no fundo no fundo, eu sei que eu não ando mais ocupada do que andava antes.

Pensei em acusar esse espírito/duende/ente que a Elizabeth Gilbert chama de inspiração (veja o vídeo no meu post anterior). Mas sinceramente eu não sou muito fã dessas explicações metafísicas ou sobrenaturais, e em geral eu não dou muita credibilidade pra quem se utiliza delas. Portanto, vou tentar evitar a hipocrisia (hoje, pelo menos...).

Encontrei a resposta quando parei de procurá-la. Depois de falar com minha família no telefone, me sentindo um pouco pressionada pelas perguntas sobre o blog, sentei e abri o blogger.com. De repente, me peguei imediatamente abrindo minha página no facebook. E depois de perder 20 minutos no site, me dei conta de que esse era o problema. Toda vez que eu sento pra escrever no blog, acabo entrando no facebook e lá se foi a meia hora livre que eu tinha...

O facebook é o orkut do momento, e é impossível não entrar no site umas duas ou três vezes por semana, pra saber o que está acontecendo. Tá todo mundo lá. E, diferentemente do orkut, uma boa parte das pessoas anda falando e discutindo coisas interessantes. Por exemplo, na semana passada entrei em um debate sobre índices de criminalidade em transições democráticas com um colega do Egito. Estávamos discutindo até que ponto a experiência da América Latina pode oferecer lições para o Oriente Médio. Pessoas do Egito, da América Latina, do Canadá e dos Estados Unidos participaram da discussão. E eu aprendi muitas coisas com eles. 


E tem também o componente fofoca. Para as pessoas mais próximas, é um modo de ver o que está acontecendo na vida delas, sem ter que ligar, mandar email, ou marcar uma cerveja. Para as pessoas mais distantes, que eu não vejo há tempos, o facebook mostra o que andam fazendo, quem casou, quem teve bebê, e quem ficou muito malhado(a) apesar de ser bastante rechonchudo(a) na época da faculdade (os que passaram pelo processo inverso não andam colocando as fotos, eu acho...).

O componente fofoca, todavia, é limitado. Ao menos pra mim. Depois de dois meses de fascinação com o orkut, fiquei entediada e parei de entrar no site. Deixei meu perfil lá, caso algum colega antigo me procure. Mas nem lembro minha senha. O elemento não-fofoca do facebook, todavia, permite um tipo de interação muito mais interessante e potencialmente mais duradouro. Por isso ando tão entretida com o site. 


Mas vamos dar tempo ao tempo. Antes de vocês acharem que vou abandonar o blog, precisamos ver se eu não vou me encher do site do facebook também. Ou quiçá eu consiga reconciliar ambos e passar menos tempo trabalhando agora que terminei o livro!

4 comentários:

Anônimo disse...

when i saw the title and the first few lines, i thought you were joining the facebook revolutions. bummer!
n.

M. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
M. disse...

You should know by now that I do not talk about serious stuff, let alone do it. I am too busy writing papers that nobody will read. ;)

Anônimo disse...

hahaha.. this is a good one :)

n.

p.s. i'm on the same boat. plus changing diapers that will go to the trash anyway.