segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Papai Noel: antes e depois

Como todos sabem, na minha família temos a tradicão de receber o Papai Noel todo ano. Em alguns anos, ele vem de moto, em alto estilo. Em outros, ele vem de elevador mesmo, já que não tem chaminé nessa terra de palmeiras e clima tropical. Os registros não mentem: ano após ano, desde 1980, lá está ele, distribuindo presentes para as crianças e adultos, sem discriminação. 







Mas o que permanecia em segredo -- e será agora relevado exclusivamente neste blog -- é o "making-off" e o "after-party" do papai Noel. Sim, agora que nós, as criancas, estamos começando a ter filhos ou cabelos brancos (ou ambos) a família decidiu que temos o direito de aprender como se faz um papai noel. 

Primeiro: escolha um "voluntário" para usar um terno quente de inverno em pleno verão e tranque-o em um quarto para que ele não fuja.



Segundo: certifique-se que há pessoas suficientes para segurá-lo caso ele tente escapar quando notar quão quente é a roupa.
 

Terceiro: arrume botas, para não ter que improvisar algo de última hora para cobrir o tênis asics (Papai Noel de tênis não dá, né?)
 

Quarto: coloque todos os presentes no saco discretamente, pois se o voluntário notar o peso que vai ter que carregar, com o terno, em um calor de 34 graus, ele(a) com certeza vai fugir...
 

Quinto: chame reforços para a parte mais complicada: barba e chapéu. Esse o momento em que o "voluntário" pode oferecer maior resistência.
 
 Sexto: leia as instruções sobre como colocar a barba antes de tentar, para não ter que repetir o processo várias vezes,
 
 pois quanto maior o número de tentativas, maior o risco de motim natalino por parte do "voluntário".






Sétimo: chame alguém próximo -- como a esposa -- para os retoques finais, pois nesse ponto o calor já está insuportável.
 

Oitavo: ludibrie o "voluntário" com promessa de fama sucesso e muitas mulheres no paraíso, seguindo a tática do Bin Laden.
 

Nono: não deixe o "voluntário" se aproximar de um computador pois ele pode tentar pedir ajuda via Twitter ou Facebook...
 

Por fim: depois de cumprida a missão, deixe o pobre descansar. Afinal, ser Papai Noel nessas condições não é fácil... 

Um comentário:

Theresa Miedema disse...

Thanks for this inside glimpse into the making of Santa Claus (aka "that guy") in Santos. I admire your family tradition, particularly in light of the adverse conditions (read: HEAT) under which the DS (Designated Santa) must perform. Even in our cold climate here in Ontario, our family long ago gave up the tradition of having someone dress up as Sinter Klaas (the Dutch version of Santa). I believe it was around the time that my cousin (we were both around 3 or 4 years old at the time) bellowed, "Hey, that's Daddy!" So kudos to the DS and to the pack of women who made sure that the DS did not run away.