"You should under-commit and over-perform, and then everyone is happy with you"
[Você deveria se comprometer com menos coisas, e superar as expectativas nas coisas com as quais você decide se comprometer]
Achei genial. Se você assume mais compromissos do que consegue dar conta, você se dedica menos a cada um e o resultado é um monte de gente frustrada. Por outro lado, se você se compromete com poucas coisas e supera expectativas, todo mundo fica feliz com você. Todavia, acho que essa filosofia só funciona aqui na América do Norte, onde o pessoal não fica ofendido quando você se recusa a participar de algum projeto. No Brasil, tudo é pessoal...
"I have reached an age in which I no longer need to write in order to figure what I am thinking."
[Cheguei em um ponto em que não preciso mais escrever para organizar minhas idéias]
Mentira. Dúvido que alguém consiga chegar a essa ponto. Mas acho que a frase captura uma coisa que pessoas que não escrevem com regularidade não sabem: muitos acham que escrever é um ato de inspiração. É sentar e esperar baixar o santo. Não. Escrever é o processo de tentar organizar suas idéias. Muitas pessoas que eu conheço (incluindo eu mesma) têm apenas uma vaga idéia do tópico quando começam o processo. E a edição, re-edição e infinitas revisões são etapas nesse processo. Você nunca termina um texto, como diz uma amiga minha, você só mata ele.
"Tenure is like marriage. They need sometime to decide whether they want to keep you around for the rest of your life"
[Estabilidade para professores universitários é como casamento. Eles precisam de um tempo pra decidir se querem manter você por perto pelo resto da sua vida.]
Acho que a frase é auto-explicativa. Mas acho que vai deixar de ser em breve, já que o casamento, tanto quanto o tenure, parecem estar cada vez mais em baixa. Acho que esse negócio de ficar com alguém pro resto da vida passou a significar muito tempo agora que as pessoas vivem mais de 90 anos e têm Alzheimer. As universidades que o digam... (vejam esses artigos aqui e aqui).
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
sábado, 25 de setembro de 2010
Por favor, defina o amor
"When my grandmother got arthritis, she couldn't bend over and paint her toenails anymore. So my grandfather does it for her all the time, even when his hands got arthritis too. That's love."
- Rebecca - age 8
"When someone loves you, the way they say your name is different.
You just know that your name is safe in their mouth."
- Billy - age 4
"Love is when a girl puts on perfume and a boy puts on shaving cologne and they go out and smell each other."
- Karl - age 5
"Love is when you go out to eat and give somebody most of your French fries without making them give you any of theirs."
- Chrissy - age 6
"Love is what makes you smile when you're tired."
- Terri - age 4
"Love is when my mommy makes coffee for my daddy and she takes a sip before giving it to him, to make sure the taste is OK."
- Danny - age 7
"Love is when you kiss all the time. Then when you get tired of kissing, you still want to be together and you talk more. My Mommy and Daddy are like that. They look gross when they kiss"
- Emily - age 8
"Love is what's in the room with you at Christmas if you stop opening presents and listen."
- Bobby - age 7
"If you want to learn to love better, you should start with a friend who you hate."
- Nikka - age 6
"Love is when you tell a guy you like his shirt, then he wears it everyday."
- Noelle - age 7
"Love is like a little old woman and a little old man who are still friends even after they know each other so well."
- Tommy - age 6
"During my piano recital, I was on a stage and I was scared. I looked at all the people watching me and saw my daddy waving and smiling.
He was the only one doing that. I wasn't scared anymore."
- Cindy - age 8
"My mommy loves me more than anybody. You don't see anyone else kissing me to sleep at night."
- Clare - age 6
"Love is when Mommy gives Daddy the best piece of chicken."
- Elaine-age 5
"Love is when Mommy sees Daddy smelly and sweaty and still says he is handsomer than Robert Redford."
- Chris - age 7
"Love is when your puppy licks your face even after you left him alone all day."
- Mary Ann - age 4
"I know my older sister loves me because she gives me all her old clothes and has to go out and buy new ones."
- Lauren - age 4
"When you love somebody, your eyelashes go up and down and little stars come out of you."
- Karen - age 7
"Love is when Mommy sees Daddy on the toilet and she doesn't think it's gross."
- Mark - age 6
"You really shouldn't say 'I love you' unless you mean it. But if you mean it, you should say it a lot. People forget."
- Jessica - age 8
sábado, 18 de setembro de 2010
O sapo e o desenvolvimento: conversas com uma socialista
Já perdi a conta de quantas vezes eu saí da depilação pensando em posts excelentes para o blog. A minha depiladora era uma economista na antiga União Soviética e estava morando na Bósnia quando a guerra eclodiu. Foi aí que ela veio para o Canadá. Assim que a conheci, perguntei porque ela não tinha virado uma economista por aqui. A resposta dela foi: porque eu só entendo do regime socialista, não fui educada pra entender o capitalismo. E assim tivemos nossa primeira conversa interessante: ela me explicando o sistema socialista, do ponto de vista de uma economista.
Essa primeira conversa foi seguida de muitas outras, sobre a economia e o regime político de Cuba (para onde ela frequentemente viaja de férias), sobre conflitos étnicos (e a perspectiva dela sobre as causas da guerra na Bósnia), sobre o mercado imobiliário em Toronto (e todas as dicas de uma economista socialista que foi bem sucedida em adquirir um imóvel aqui), e sobre os prós e contras de ser um imigrante no Canadá. Todas mereciam um post, mas a última conversa que eu tive com ela foi particularmente interessante.
Estávamos conversando sobre cultura, e eu estava perguntando pra ela se ela não achava que os países desenvolvidos eram mais ricos porque eles tinham uma cultura que valorizava o cumprimento das regras, a pontualidade, o profissionalismo, etc. E a resposta dela foi: eu não sei. Às vezes eu tenho a impressão que as coisas aqui são tão certas e previsíveis porque a cultura deles não lida muito bem com crises, com o inesperado. Por exemplo, quando alguém compra um imóvel aqui, os riscos que a pessoa considera são o banco central aumentar o juros em 1%, o mercado imobiliário ter alguma crise e os preços caírem um pouco, etc. Esse pessoal não conseguiria comprar imóveis se os riscos que eles tivessem enfrentando fossem, por exemplo, ter que abandonar a casa e fugir para outro país porque eclodiu um conflito étnico, ou porque um ditator resolveu confiscar sua propriedade da noite para o dia. Portanto, disse ela, às vezes eu acho que é uma cultura que, na verdade, têm muitas limitações.
E daí ela deu um exemplo que, segundo ela, ilustra muito bem a diferença das culturas. É o história dos sapos e do leite. Dois sapos estavam brincando perto de uma tigela de leite e caíram lá dentro. O leite era muito escorregadio e eles não conseguiam sair. Um dos sapos se desesperou: - Vamos morrer! Vamos nos afogar! Não vamos conseguir sair daqui!
O outro sapo, muito calmo, respondeu: - Calma. Continue nadando. A gente vai dar um jeito.
- Que jeito? Perguntava o outro, desesperado. - Não há como sair daqui! De tanto gastar sua energia berrando e se desesperando, o sapo ficou sem forças para nadar e acabou morrendo afogado. O outro, ainda que não conseguisse vislumbrar uma solução para o problema, continuou nadando. Lá pelas tantas, o leite virou manteiga, ficou menos escorregadio e ele conseguiu sair.
A história me lembrou desse trecho, do filme Finding Nemo:
Enfim, o ponto dela é que a desorganização, a falta de planejamento, e a desordem talvez não ajude os países subdesenvolvidos a ficarem mais ricos, mas também é o que evita que eles caiam no buraco nos momentos de crise. Quando a gente parece não ter forma de sair da tigela de leite, é a resistência e perseverança e nossa capacidade de continuar nadando, ainda que não pareça haver uma saída, que nos salva. Basta olhar para os países em desenvolvimento pra ver. A fome na África, os conflitos étnicos ao redor do mundo e as peripécias dos líderes políticos na América Latina (que confiscam poupanças do dia pra noite) estão todos aí para provar nossa capacidade de "continuar nadando".
Acho que concordo com ela que nem tudo é negativo nessa cultura. Na verdade, acho que essa falta de planejamento também é o que produz comida e música boa, pois essas são coisas que você precisa experimentar, dar uma chance para o acaso e não desistir quando tudo não deu certo e parece que a coisa não tem mais solução. Mas ainda fico me perguntando se não podemos achar um meio termo. Daí, ao contrário do que diz o ditado, "we can have our cake [or our delicious food], and we can eat it too [specially the poor of the poor]".
Essa primeira conversa foi seguida de muitas outras, sobre a economia e o regime político de Cuba (para onde ela frequentemente viaja de férias), sobre conflitos étnicos (e a perspectiva dela sobre as causas da guerra na Bósnia), sobre o mercado imobiliário em Toronto (e todas as dicas de uma economista socialista que foi bem sucedida em adquirir um imóvel aqui), e sobre os prós e contras de ser um imigrante no Canadá. Todas mereciam um post, mas a última conversa que eu tive com ela foi particularmente interessante.
Estávamos conversando sobre cultura, e eu estava perguntando pra ela se ela não achava que os países desenvolvidos eram mais ricos porque eles tinham uma cultura que valorizava o cumprimento das regras, a pontualidade, o profissionalismo, etc. E a resposta dela foi: eu não sei. Às vezes eu tenho a impressão que as coisas aqui são tão certas e previsíveis porque a cultura deles não lida muito bem com crises, com o inesperado. Por exemplo, quando alguém compra um imóvel aqui, os riscos que a pessoa considera são o banco central aumentar o juros em 1%, o mercado imobiliário ter alguma crise e os preços caírem um pouco, etc. Esse pessoal não conseguiria comprar imóveis se os riscos que eles tivessem enfrentando fossem, por exemplo, ter que abandonar a casa e fugir para outro país porque eclodiu um conflito étnico, ou porque um ditator resolveu confiscar sua propriedade da noite para o dia. Portanto, disse ela, às vezes eu acho que é uma cultura que, na verdade, têm muitas limitações.
E daí ela deu um exemplo que, segundo ela, ilustra muito bem a diferença das culturas. É o história dos sapos e do leite. Dois sapos estavam brincando perto de uma tigela de leite e caíram lá dentro. O leite era muito escorregadio e eles não conseguiam sair. Um dos sapos se desesperou: - Vamos morrer! Vamos nos afogar! Não vamos conseguir sair daqui!
O outro sapo, muito calmo, respondeu: - Calma. Continue nadando. A gente vai dar um jeito.
- Que jeito? Perguntava o outro, desesperado. - Não há como sair daqui! De tanto gastar sua energia berrando e se desesperando, o sapo ficou sem forças para nadar e acabou morrendo afogado. O outro, ainda que não conseguisse vislumbrar uma solução para o problema, continuou nadando. Lá pelas tantas, o leite virou manteiga, ficou menos escorregadio e ele conseguiu sair.
A história me lembrou desse trecho, do filme Finding Nemo:
Enfim, o ponto dela é que a desorganização, a falta de planejamento, e a desordem talvez não ajude os países subdesenvolvidos a ficarem mais ricos, mas também é o que evita que eles caiam no buraco nos momentos de crise. Quando a gente parece não ter forma de sair da tigela de leite, é a resistência e perseverança e nossa capacidade de continuar nadando, ainda que não pareça haver uma saída, que nos salva. Basta olhar para os países em desenvolvimento pra ver. A fome na África, os conflitos étnicos ao redor do mundo e as peripécias dos líderes políticos na América Latina (que confiscam poupanças do dia pra noite) estão todos aí para provar nossa capacidade de "continuar nadando".
Acho que concordo com ela que nem tudo é negativo nessa cultura. Na verdade, acho que essa falta de planejamento também é o que produz comida e música boa, pois essas são coisas que você precisa experimentar, dar uma chance para o acaso e não desistir quando tudo não deu certo e parece que a coisa não tem mais solução. Mas ainda fico me perguntando se não podemos achar um meio termo. Daí, ao contrário do que diz o ditado, "we can have our cake [or our delicious food], and we can eat it too [specially the poor of the poor]".
domingo, 12 de setembro de 2010
Só em Nova Iorque
Ir para Nova Iorque é como mergulhar em um universo paralelo, onde outras regras, outras pessoas, outros costumes e outros valores governam a sociedade.
E a aventura começa já na entrada do hotel, com uma decoração que você não encontra em lugar nenhum.
Na rua, você encontra altruismo, como pessoas distribuindo abraços gratuitos,
e basta dar alguns passos para dar de cara com o capitalismo, distribuindo abraços (e provavelmente mais um pouco), mas por um preço.
Daí você olha pra cima, e acha a publicidade Nova Iorquina.
Um M&M gigante te dá um susto no meio da rua,
mas abre um sorriso logo em seguida.
Daí o banco tenta de convencer a investir com eles, mostrando que não interessa quais sejam seus valores. Ou seja, mesmo que você ache que ter um bebê não passa de um projeto dispendioso, eles vão cuidar bem do seu dinheiro.
E até o departamento de polícia entra na dança, com a placa em neon azul e rosa. Como disse J., no meio dessa quantidade de luzes, ninguém ia conseguir achar a delegacia se fosse uma plaquinha tradicional...
Quando você pára de olhar para a publicidade e resolver ver as lojas, você encontra coisas inexplicáveis como esse "sample sale". O que é isso? Uma amostra de promoção? Eles desistiram da promoção completa e vão fazer só uma pequena amostra?
E há também coisas mais compreensíveis, mas politicamente incorretas...
E como não poderia deixar de ser, os brazucas sempre dão um jeito de marcar sua presença. Ivete Sangalo estava com show marcado e havia na cidade inteira cartazes sobre essa "grande estrela". O New York Times, não deixou barato: anunciou que a Ivete Sangalo "é a maior estrela de quem ninguém ouviu falar". Como diz um amigo chileno meu, o Brasil sempre quer ser o "mais maior do mundo". Acho que as vezes a gente precisa simplesmente aceitar que não somos os "mais maiores do mundo" em tudo e evitar passar por essas situações embaraçosas...
Mas voltando à Nova Iorque, não é à toa que a grande maioria dos americanos não se identificam com a ilha, e consideram ela muito pouco representativa do American Way of Life. Tudo isso é muito diferente da pacata vida no interior dos Estados Unidos. Mas não deixa de ser interessante. Por isso -- e pela comida -- sempre vale a pena fazer uma visita (ou mais de uma...).
Mas minha parte favorita da cidade é sempre encontrar N&N, que invariavelmente tem uma boa recomendação de restaurante.
O restaurante dessa vez foi o Má Pêche, que tem uns pratos super interessantes e gostosos.
E eles vieram para o jantar com grandes novidades: compraram um apartamento lindo, e estão ansiosamente aguardando a chegada de um bebê. Tenho certeza que mais do que um Nova Iorquinho, assim como o pai e a mãe, esse bebê será um(a) grande contribuidor(a) do blog!
E a aventura começa já na entrada do hotel, com uma decoração que você não encontra em lugar nenhum.
Na rua, você encontra altruismo, como pessoas distribuindo abraços gratuitos,
e basta dar alguns passos para dar de cara com o capitalismo, distribuindo abraços (e provavelmente mais um pouco), mas por um preço.
Daí você olha pra cima, e acha a publicidade Nova Iorquina.
Um M&M gigante te dá um susto no meio da rua,
mas abre um sorriso logo em seguida.
Daí o banco tenta de convencer a investir com eles, mostrando que não interessa quais sejam seus valores. Ou seja, mesmo que você ache que ter um bebê não passa de um projeto dispendioso, eles vão cuidar bem do seu dinheiro.
E até o departamento de polícia entra na dança, com a placa em neon azul e rosa. Como disse J., no meio dessa quantidade de luzes, ninguém ia conseguir achar a delegacia se fosse uma plaquinha tradicional...
Quando você pára de olhar para a publicidade e resolver ver as lojas, você encontra coisas inexplicáveis como esse "sample sale". O que é isso? Uma amostra de promoção? Eles desistiram da promoção completa e vão fazer só uma pequena amostra?
E há também coisas mais compreensíveis, mas politicamente incorretas...
E como não poderia deixar de ser, os brazucas sempre dão um jeito de marcar sua presença. Ivete Sangalo estava com show marcado e havia na cidade inteira cartazes sobre essa "grande estrela". O New York Times, não deixou barato: anunciou que a Ivete Sangalo "é a maior estrela de quem ninguém ouviu falar". Como diz um amigo chileno meu, o Brasil sempre quer ser o "mais maior do mundo". Acho que as vezes a gente precisa simplesmente aceitar que não somos os "mais maiores do mundo" em tudo e evitar passar por essas situações embaraçosas...
Mas voltando à Nova Iorque, não é à toa que a grande maioria dos americanos não se identificam com a ilha, e consideram ela muito pouco representativa do American Way of Life. Tudo isso é muito diferente da pacata vida no interior dos Estados Unidos. Mas não deixa de ser interessante. Por isso -- e pela comida -- sempre vale a pena fazer uma visita (ou mais de uma...).
Mas minha parte favorita da cidade é sempre encontrar N&N, que invariavelmente tem uma boa recomendação de restaurante.
O restaurante dessa vez foi o Má Pêche, que tem uns pratos super interessantes e gostosos.
E eles vieram para o jantar com grandes novidades: compraram um apartamento lindo, e estão ansiosamente aguardando a chegada de um bebê. Tenho certeza que mais do que um Nova Iorquinho, assim como o pai e a mãe, esse bebê será um(a) grande contribuidor(a) do blog!
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Tive a quem puxar - parte 1
Tirar uma semana de férias com minha família foi revelador. Descobri que o que pareciam ser idiossincrasias minhas são, na verdade, coisas que toda a família faz. Estou agora pensando se é genético, ou são hábitos tão entrenhados no nosso círculo, cultivados nos nossos entes desde de o nascimento, de maneira tão enfática, que agora não dá mais pra mudar. Não sei. Mas está tudo lá. Não há como negar.
A primeira coisa é comida. Minha família gosta de comer bem e para unir o útil ao agradável a famíla tem uma tradição de comer junta, pra colocar a conversa em dia, como mostram as fotos.
Jantar de boas vindas, na minha casa, em Toronto. E antes que perguntem: não, eu não toco baixo. Está à venda. Serve pra tocar também, mas recomendo como peça de decoração. E faço desconto pra leitores do blog...
Ainda em Toronto. Jantar especial que minha tia fez pra mim. Pode ficar com inveja. Eu deixo.
Uma experiência quase tribal. Jantar no restaurante etíope, onde se come com a mão em um prato coletivo. A comida é tão boa que eu como nesse restaurante quase toda semana.
Primeiro jantar em Quebec City, no restaurante Le Pain Benne. Olhe os pratos. Preciso falar mais alguma coisa?
Primeira refeição no que é provavelmente o restaurante mais famoso da cidade, Cochon Dingue (acho que a tradução é porco dourado). Eles gostam tanto de porco que a louça do prato tem formato de porco....
Olha lá nóis, de volta no mesmo lugar, descobrindo que eles não entendem só de porco.
E eu não podia deixar eles sairem do Canadá sem comer os Timbits, bolinhos de chuva canadense. Por sorte achamos pra vender no aeroporto. Antes da diabetes eu comia isso quase todos os dias. Bons tempos aqueles...
Nossa primeira refeição em Nova Iorque, com direito a bife acebolado e foto não autorizada da minha pessoa, catando as frutas no fundo do copo depois de terminar minha sangria.
E não podia faltar a sobremesa, claro. Sorvetinho no jardim das esculturas, no MoMA.
A segunda coisa que eu achei que era uma idiossincracia, mas descobri que é prática habitual na família, é andar de guarda-chuva pra se proteger do sol. As fotos não mentem:
Por fim, para aqueles que acham que eu sou a única pessoa da família que se aventura a escrever, segue parte da produção familiar dessa semana: o email do meu pai quando ele estava saindo de Nova Iorque,
Título: Hi everymundo!
Ladies and gentleman,
dentro de instantes inciaremos nossos procedimentos de descida ao mundo do Lula. O passeio a NYC seria apenas uma revisita à big apple. Mas, com a companhia de Mariana, transformou-se em inusitada experiência. Comer bem e degustar bom vinho é uma das curtições dessa cidadã do mundo. Na sexta, jantamos na 5a. avenida com um casal de professores. Comida contemporânea, com nova interpretação de coisas triviais como berinjela e tofu. Vinho americano e sorvete de pistache. A despojada ambientação do restaurante já vale a visita. Depois, na residência do casal, no Queens, conhecemos o modo de vida em amplo ap. de um conjunto residencial dos anos 20.
A visita ao especial Matisse, no Moma, foi uma aula de história da arte (em português!), concluída, claro, com ótimo almoço e mais uma degustação de vinho. No jardim das esculturas, café com direito ao calor do verão americano (o ar condicionado do museu estava bombando).
Aproveitamos a tarde de sábado para conferir uma dica do casal N & N. Alugamos bicicletas no extremo sul da ilha e subimos pedalando pelos parques as margens do rio Hudson. Cruzamos o Harlem e descemos todo o central parque, para devolver as bykes no Columbus Circle. Na loja da Apple, Mariana tentou me convencer a comprar um ipod, mas não teve sucesso. Voltamos a pé para o hotel, curtindo a efervescência das ruas ao anoitecer do verão. Como vocês sabem, nossa cicerone é workaholic e o dia ainda teria novas experiências. Ela propôs sairmos para jantar, onde, depois de bom vinho, nos convenceu a irmos ao show de 0:30 no Blue Note. Mais emocionante que o show, foram a ida e a volta de táxi. Dizem que para ser motorista de táxi em NYC o único pré-requisito é que o candidato esteja vivo.
Dormimos poucas horas (NY is a city that never sleeps!). Acordei no domingo com a pergunta de S. in my mind: pai, vc ja fez seu passeio de helicóptero? Olhava para o céu azul, para o cartão de crédito, quando minha companheira de quarto resolveu agir: ligou para a empresa dos vôos, fez a reserva e partimos em mais uma emocionante corrida de táxi até o heliporto, no extremo sul de Manhattan.
Não consigo traduzir agora o que é a primeira viagem de helicóptero na vida da gente, e ainda mais sobre a capital do mundo! Terrific, diriam os americanos. Eu digo que minha cicerone não teria melhor forma de encerrar seus trabalhos de guia turística. Disparou para o hotel, arrumar a mala e retornar a Toronto.
Aproveitei para um domingão no Central Park com visita ao Metropolitan (agora sem guia falando português). Saí de lá tão transtornado que resolvi espairecer, subindo o Central Park até o Onassis reservoir (e ainda me perdi e fui parar no extremo norte do parque, mas era fim de tarde de verão e consegui voltar antes de escurecer - a pé, claro!)
Agora, temos algumas horas de aeroporto, para digerir tudo que vivenciamos. Nosso vôo sai de NY às 16h mas temos que sair do hotel as 11. Chegaremos a Miami as 19h e o voo para Guarulhos só sai às 23h. De qualquer forma, essa espera não é problema, pois como me fez ver Mariana,
I am retired and every day is weekend!
e o que o meu primo chamou de "poemeto inspirado no momento político":
A primeira coisa é comida. Minha família gosta de comer bem e para unir o útil ao agradável a famíla tem uma tradição de comer junta, pra colocar a conversa em dia, como mostram as fotos.
Jantar de boas vindas, na minha casa, em Toronto. E antes que perguntem: não, eu não toco baixo. Está à venda. Serve pra tocar também, mas recomendo como peça de decoração. E faço desconto pra leitores do blog...
Ainda em Toronto. Jantar especial que minha tia fez pra mim. Pode ficar com inveja. Eu deixo.
Uma experiência quase tribal. Jantar no restaurante etíope, onde se come com a mão em um prato coletivo. A comida é tão boa que eu como nesse restaurante quase toda semana.
Primeiro jantar em Quebec City, no restaurante Le Pain Benne. Olhe os pratos. Preciso falar mais alguma coisa?
Primeira refeição no que é provavelmente o restaurante mais famoso da cidade, Cochon Dingue (acho que a tradução é porco dourado). Eles gostam tanto de porco que a louça do prato tem formato de porco....
Olha lá nóis, de volta no mesmo lugar, descobrindo que eles não entendem só de porco.
E eu não podia deixar eles sairem do Canadá sem comer os Timbits, bolinhos de chuva canadense. Por sorte achamos pra vender no aeroporto. Antes da diabetes eu comia isso quase todos os dias. Bons tempos aqueles...
Nossa primeira refeição em Nova Iorque, com direito a bife acebolado e foto não autorizada da minha pessoa, catando as frutas no fundo do copo depois de terminar minha sangria.
E não podia faltar a sobremesa, claro. Sorvetinho no jardim das esculturas, no MoMA.
A segunda coisa que eu achei que era uma idiossincracia, mas descobri que é prática habitual na família, é andar de guarda-chuva pra se proteger do sol. As fotos não mentem:
Por fim, para aqueles que acham que eu sou a única pessoa da família que se aventura a escrever, segue parte da produção familiar dessa semana: o email do meu pai quando ele estava saindo de Nova Iorque,
Título: Hi everymundo!
Ladies and gentleman,
dentro de instantes inciaremos nossos procedimentos de descida ao mundo do Lula. O passeio a NYC seria apenas uma revisita à big apple. Mas, com a companhia de Mariana, transformou-se em inusitada experiência. Comer bem e degustar bom vinho é uma das curtições dessa cidadã do mundo. Na sexta, jantamos na 5a. avenida com um casal de professores. Comida contemporânea, com nova interpretação de coisas triviais como berinjela e tofu. Vinho americano e sorvete de pistache. A despojada ambientação do restaurante já vale a visita. Depois, na residência do casal, no Queens, conhecemos o modo de vida em amplo ap. de um conjunto residencial dos anos 20.
A visita ao especial Matisse, no Moma, foi uma aula de história da arte (em português!), concluída, claro, com ótimo almoço e mais uma degustação de vinho. No jardim das esculturas, café com direito ao calor do verão americano (o ar condicionado do museu estava bombando).
Aproveitamos a tarde de sábado para conferir uma dica do casal N & N. Alugamos bicicletas no extremo sul da ilha e subimos pedalando pelos parques as margens do rio Hudson. Cruzamos o Harlem e descemos todo o central parque, para devolver as bykes no Columbus Circle. Na loja da Apple, Mariana tentou me convencer a comprar um ipod, mas não teve sucesso. Voltamos a pé para o hotel, curtindo a efervescência das ruas ao anoitecer do verão. Como vocês sabem, nossa cicerone é workaholic e o dia ainda teria novas experiências. Ela propôs sairmos para jantar, onde, depois de bom vinho, nos convenceu a irmos ao show de 0:30 no Blue Note. Mais emocionante que o show, foram a ida e a volta de táxi. Dizem que para ser motorista de táxi em NYC o único pré-requisito é que o candidato esteja vivo.
Dormimos poucas horas (NY is a city that never sleeps!). Acordei no domingo com a pergunta de S. in my mind: pai, vc ja fez seu passeio de helicóptero? Olhava para o céu azul, para o cartão de crédito, quando minha companheira de quarto resolveu agir: ligou para a empresa dos vôos, fez a reserva e partimos em mais uma emocionante corrida de táxi até o heliporto, no extremo sul de Manhattan.
Não consigo traduzir agora o que é a primeira viagem de helicóptero na vida da gente, e ainda mais sobre a capital do mundo! Terrific, diriam os americanos. Eu digo que minha cicerone não teria melhor forma de encerrar seus trabalhos de guia turística. Disparou para o hotel, arrumar a mala e retornar a Toronto.
Aproveitei para um domingão no Central Park com visita ao Metropolitan (agora sem guia falando português). Saí de lá tão transtornado que resolvi espairecer, subindo o Central Park até o Onassis reservoir (e ainda me perdi e fui parar no extremo norte do parque, mas era fim de tarde de verão e consegui voltar antes de escurecer - a pé, claro!)
Agora, temos algumas horas de aeroporto, para digerir tudo que vivenciamos. Nosso vôo sai de NY às 16h mas temos que sair do hotel as 11. Chegaremos a Miami as 19h e o voo para Guarulhos só sai às 23h. De qualquer forma, essa espera não é problema, pois como me fez ver Mariana,
I am retired and every day is weekend!
e o que o meu primo chamou de "poemeto inspirado no momento político":
eu não cresci assim controlado;
foi quando a média tombou pra cima
que achei que valia, que curti à beça
se não posso com me matar
no brincando de viver
é pelo mar Vicentino, pelo capricho
porque em silêncio não me despeço
a pessoa inventando a beleza desesperada,
autônoma no instante,
é mesmo ridículo para quem não vê
Pois é, como vocês podem ver, tive a quem puxar. Ou como diz minha mãe, não sou filha de chocadeira. Definitivamente!
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