Me disseram que assistir o jogo na Alemanha seria tranquilo. E foi.
Todos os bares da cidade estavam com bandeiras da Alemanha e do Brasil
na entrada. Um dos alemães levou uma camiseta do Brasil para me
emprestar, pois a minha estava suja.
E começou o jogo.
Comemoraram o primeiro gol. No segundo e no terceiro, comemoraram, mas vieram me dizer que sentiam muito por aquilo
que parecia uma pré anunciada derrota. No quarto, perguntaram o que
estava acontecendo com o nosso time. No quinto, proclamaram que aquele
resultado era excessivo. No sexto, se ofereceram para me levar de volta
ao hotel, caso eu não quisesse continuar assistindo o jogo. No sétimo,
decidiram pagar minha conta, pois segundo eles "eram o mínimo que podiam
fazer". No final havia mais incredulidade do que celebração entre o
grupo.
Me deixaram no hotel lamentando quão triste era para o
Brasil perder em casa daquela forma. Perguntei com quem eles preferiam
competir na final. A resposta foi nada estratégica: preferiam ver uma
final com a Argentina, pois uma final com dois países europeus seria
pouco representativa da diversidade que a copa do mundo deve
representar. E assim será.
Deixo a Alemanha hoje, agradecida
por toda a hositalidade, desejando a eles sorte na final e o mesmo
brinde que me ofereceram na terça-feira: que vença o melhor time!
Um comentário:
Até os jogadores da seleção pareciam constrangidos após os 4 primeiros gols. Dizem que no vestiário, no intervalo do jogo, foram orientados a jogarem de maneira menos ofensiva (o que eu percebi no início do segundo tempo). Dizem até que facilitaram aos adversários a marcação do "gol de honra".
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